A retirada dos subsídios aos combustíveis: Uma medida necessária?

A retirada dos subsídios aos combustíveis: Uma medida necessária? 

Por : FERNANDO MASSIALA, estudante de contabilidade e Auditória,pela FEC-UAN, investigador autonómo e professor pela FED EDUCAÇÃO DE ELITE.





Recentemente, o governo de Angola anunciou a retirada dos subsídios aos combustíveis, uma medida que gerou controvérsias e levantou questionamentos sobre seus impactos na economia do país. Essa decisão foi tomada em meio a um acordo de financiamento com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que vem trazendo uma série de reformas econômicas ao país. 

Os subsídios aos combustíveis eram uma prática comum em Angola, visando manter os preços baixos para a população e estimular o crescimento econômico. No entanto, essa política resultava em altos custos para o governo, que precisava arcar com os prejuízos causados pela diferença entre o preço internacional dos combustíveis e o valor cobrado dos consumidores. 

Com a retirada dos subsídios, os preços dos combustíveis no mercado interno aumentaram significativamente, o que causou uma forte reação por parte da população, que se viu obrigada a arcar com os novos custos. Esse aumento de preços também teve impactos directos na inflação, aumentando o custo de vida e afectando principalmente as classes mais vulneráveis da sociedade.

 Por outro lado, a retirada dos subsídios é uma das medidas exigidas pelo FMI como parte do acordo de financiamento com o país. Muitos países que estabeleceram acordo de financiamento com o FMI, tiveram uma crise social muito latente. O que faz com que nos questionemos sobre a eficácia de um acordo com o FMI. O FMI leva o “diabo” às economias que financia? Deixo para que analisem. O Fundo Monetário Internacional tem como objetivo promover a estabilidade econômica e o desenvolvimento sustentável, e para isso, exige uma série de reformas estruturais nos países que solicitam seu auxílio financeiro. Por outras palavras, eles querem o reembolso do seu capital a tempo e hora e a qualquer custo. 

Apesar dos desafios enfrentados pela população angolana com a retirada dos subsídios aos combustíveis, a medida é vista como necessária para garantir a saúde financeira do país no longo prazo. Com a redução dos gastos com subsídios, o governo terá mais recursos disponíveis para investir em áreas prioritárias, como saúde, educação e infraestrutura. É isso que se espera para Angola. A parceria com o FMI traz benefícios visíveis, como o acesso a financiamentos a taxas mais favoráveis e o estímulo ao crescimento econômico sustentável. No entanto, é importante que o governo de Angola implemente políticas sociais e econômicas que possam mitigar os efeitos negativos da retirada dos subsídios, garantindo que a curto prazo a população mais vulnerável não seja prejudicada, como já tem acontecido, pois, os impactos negativos dessa retirada são vistos a olho nu. A subida no preço dos táxis, a inflação que cresce dia após dia e o poder de compra da população que cai vertiginosamente, levam o país a < falência histórica>.

 Será que a promessa do governo manifestada no OGE de 2024 de reduzir a inflação para os 15 pontos percentuais será concretizada? Haver vamos. É necessário que se sente com todos para resolver tamanho “dikulo”. Pois com a retirada dos subsídios aos combustíveis, prevê-se que a inflação continue a atingir números históricos. Em resumo, a retirada dos subsídios aos combustíveis em Angola é um tema complexo e que gera debates acalorados. É essencial que o governo angolano adote medidas políticas e sociais para garantir que essa transição seja feita de forma justa e equitativa, visando o bem-estar da população e o desenvolvimento sustentável de Angola.

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